sexta-feira, 12 de julho de 2013 | By: Vânia Santana

Por que nossa política é tão burra?



Este vídeo é imperdível para o eleitor conhecer como funciona o sistema político brasileiro de maneira simplificada. Com os créditos e meu agradecimento da dica ao meu amigo jornalista Marcos Masini, o vídeo é da revista Super Interessante. Este vídeo é pra 'acordar' mesmo qualquer um.

Os protestos deixam claro: os políticos brasileiros não trabalham para nós. Entenda finalmente por que e saiba como mudar. E em apenas 4 minutos:





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Marcia Cordeiro disse...

É correta a afirmação de que “a razão da picaretagem está mais próxima de nós que do Congresso e a solução também”. O fato das pessoas não se lembrarem em quem votaram nas eleições políticas ou mesmo nas cotidianas é típico da infeliz cultura brasileira. O desinteresse foi algo introduzido, não surgiu aleatoriamente ou como mera consequência da ausência de poder do povo ante seus representantes. Isso foi planejado.
Parece novidade ou qualquer teoria do contra? Se ainda não percebeu na História que a escola não conta nos livros que, aliás, só podem ser utilizados se aprovados pelo MEC, ou seja, o controle do governo sobre o que pode ser “ensinado”, então certamente a ideia poderá lhe causar espanto ou mesmo renúncia, contudo é fato, e negando ou não, está aí. Esse assunto, quem quer conversar?
A Constituição Federal é o resultado desse planejamento. O sistema eleitoral ratificam mais o controle, a manipulação e poder que não é o povo. No entanto, como se acredita realmente que escolheu livremente um candidato, se tem a ilusão de democracia. Nesse ponto o vídeo apresenta seis estereótipos. Teriam todos? Não. Faltam os que servem de legenda, conseguem poucos votos ou apenas preenchem a chapa e acabam sendo cabos eleitorais e outros. Os puxadores de voto, como artistas e celebridades. O Trator, que é financiado para somente atacar os adversários desmedidamente e o Laranja, usado para distribuir material apócrifo e fazer as denúncias enquanto quem paga fica de bonzinho.
E não se pode generalizar os financiadores de campanha como empresários com interesses em contratos com o governo. Colocando dessa forma, o financiamento público parece se justificar, e não é verdade, uma vez que já pagamos o Fundo Partidário que serve também a campanha política, na produção de material em “igualdade’ entre os candidatos do partido. E outra, estaria financiando aqueles que você não apoia. Isso vale muito pano para manga...
Assim, os resultados são previsíveis e não é tanto o dinheiro envolvido, mas sim de onde surgem os candidatos, sua popularidade e o injusto horário eleitoral que ao invés de proporcionar tempo igual a todos os candidatos, define o tempo por coligação, o que exibe a falta de diferenças em compromisso e ideologias entre os partidos. Dinheiro mesmo vai para cabos eleitorais, assistencialismo e marketing. Os discursos se assemelham, as ideias são as mesmas também então, o que o voto faz?
Depois temos o custo dos eleitos que não se justificam, são imorais. A diferença do PIB brasileiro para o EUA explica porque eles podem ter os congressistas mais caros, e lá, o sistema tem sua funcionalidade. E aqui? Dizem que é pouco. Não é falta de tempo que lhes impede de fazerem o seu trabalho, é falta de vontade mesmo. Se licenciarem do cargo a que foram eleitos para ocuparem outro administrativo os promove ainda mais, partidos e base de apoio fazem de tudo para terem os seus cargos.
E sabendo que o povo só vai ver quem é político no momento que é obrigado a votar, o marketing ganha e passado, oras, não interessa. Se ganhou algum benefício do pessoal do candidato, aí sim o voto é decidido e o candidato passa a ser defendido. É tão simples, funciona tão bem, que esta é a razão de manter tudo como está, pois eles continuam onde estão e depois colocam seus sucessores.
Como mudar? Assinar petições online é inútil, não são aceitas e a maioria não possui fundamentação. Apenas exigir transparência também não resolve. Os políticos não publicam mesmo com lei, tem que correr atrás mesmo, exigir os documentos e publicar, mostrar a todos. Se não conseguir, denunciar ao Ministério Público. Sim, é muito a fazer, mas é apenas assim. Não vender voto, não aceitar assistencialismo de político, ir direto a quem não pede voto.
O problema é cultural, foi feito para manipular, e as pessoas foram às ruas, mas não acordaram.

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